sexta-feira, 17 de agosto de 2007

O Zé II

O Zé morreu ontem! E que paz tem agora estampada na face. Até sempre, meu querido!

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Até aqui!

O meu blogui foi invadido pelo comércio! Houve um cara que viu a minha mensagem, e com aquela lata indiscutivel qui nossos imãos sul americanos têm (encantadora por vezes), mi tentou convencer que meu blogui é um máximo, que eu sou super interessante e qui eu tenho olhos azuís. Enfim eu sou uma gata, só tenho é que comprar um T-shirt para ser mais gata ainda. Façam-me o favor! Para eu comprar sapatos não é preciso dizer que tenho pés de princesa. Eu detesto que me untem com graxa para eu comprar alguma coisa. Xô pra lá.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Obras

O Sr. T..., o marceneiro, voltou. Depois de um divórcio, uma cirurgia às cataratas da mãe, um internamento (quase morte) da neta recém-nascida do filho solteiro e estudante, uma depressão gravíssima, uma cirurgia a uma hérnia umbilical (a qual amparava carinhosamente em meia bola de ping-pong suspensa numa liga elástica à volta do seu imenso pipo), ele voltou! Mas sempre que volta, volta por um dia, e desaparece mais vinte. Ontem veio, pendurou-me 6 molduras com fotografias e voltou a pendurar os apliques de tecto na diagonal (após já os ter retirado desta mesma posição por minha ordem antes do último desaparecimento). Porquê diagonal? Porquê que todas as empregadas que eu tive sempre me arrumaram os pufs, os bibelots, as almofadas na diagonal. O quê é feito das posições direitas. E o que é feito do Sr. T...? Desde Março mantém-se aquele buraco negro com tubo metálico do meu fogão de sala por cobrir? Quando vão acabar estas obras? Vão umas apostas? No dia em que estas obras acabarem ficam já a saber que há uma festa para mulheres em minha casa. E como convidado especial vai estar presente o Dr. C.... com o seu ecógrafo!

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Visitas

Hoje enquanto me dedicava a 610g de gente, recebi a visita inesperada de 2 grandes amigas (cada uma mede mais de 1,75cm). Então aqui, em quer tudo é pequenino, desde os bébés, até à chefe, uma entrada daquelas faz a diferença! Os seguranças adoram! Principalmente os com pêlos no peito. Era vê-los a olhar para elas...só faltava babar!
E já que gostamos de observar todos, desde condes a surfistas com rastas, qualquer evento serve de desculpa para arejar e rir. Pensámos num congresso em Budapeste (que fino) - Quem quer vir? E quem vai fazer as urgencitas? Aviso já: se for a Budapeste, vou de unhita vermelha! Se por outro lado estiver em fase de experimentar o ecógrafo do Dr. C......, pois vou de unhita vermelha também. O pior é que essas fases obrigam a sessões bisemanais (que bom). Lá para o fim da semana a unha fica com aquele aspecto rasca, mas ...se calhar encaixa-se na situação. Portanto, vamos a votos: ecógrafo ou Budapeste? Vote. A sua opinião conta muito, e não é chamada de valor acrescido.

O Zé I

Os últimos dias são de facto melancólicos. O meu blog está escuro! Assim como eu. O Zé está doente há já 2,5 anos. O pior dos diagnósticos, com a pior das esperanças. Nada a fazer. Tratar o mínimo, com qualidade de vida máxima. Confortar. Não tive tempo! E sabia, nestes 2,5 anos, o que estava a perder e que seria irremediavelmente perdido. Por isso tomei algumas opções. Para não voltar a acontecer.

Lembro-me do Zé, meu padrinho, tio direito, tio do coração com os seus bigodes de cigano dos anos 70, no Bom-Jesus a sorrir para o mundo. Lembro-me do Zé a dizer: Vai uma pinguinha, Martinha? E de forma clandestina servia-me num copo de plástico cor-de-rosa 20ml de vinho tinto (aos 4 anos). Lembro-me do Zé ser um dos companheiros preferidos do meu pai. Lembro-me do Zé me ter chamado sempre Martinha (nunca para ele fui Marta). Lembro-me do Zé me levar ao altar no dia do meu casamento. Lembro-me do Zé estar sempre pronto para a mãe. Lembro-me do Zé dizer -Eu sou o Zé!. E desta vez, Zé tens razão.
Hoje vai ser internado numa clínica. Já não consegue respirar. É como morrer afogado em ar respirável. E é incrível como a medicina não evoluiu, não para te curar, mas pelo menos para te aliviar esse sofrimento horrivel em que te encontras. Bem hajas Zé por existires, e por nos teres ensinado o que é ser o (teu) Zé.